terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tradições do Natal

Tradições do Natal - Significados



Costumes


Alguns dos costumes que chegaram até nós são de origem muito antiga, outros nem tanto, vamos procurar os seus porquês.



Cores do Natal
Esta tradição remonta aos festivais do solstício de que já vimos na breve história.
O verde é a cor das verduras que tem uma grande importância na decoração.
O vermelho apareceu por causa do azevinho.
Este arbusto dá-se ao longo do Inverno e cobre-se de bagas vermelhas.
Diz-se que este nascer das suas bagas simboliza Cristo.
É também uma das chamadas cores quentes, que no frio do Inverno dá a sensação de aquecimento e apela aos sentimentos mais nobres do coração - sinônimos do Natal.



Enfeites


Os principais enfeites de Natal consistiam em frutos da época, doces e bolos.
Mais tarde os vidreiros alemães, fabricaram objetos mais leves com os quais se podia enfeitar a árvore.
Pequenos enfeites e doces também eram ai colocados pelas crianças.
Atualmente a imaginação não pára.
Existem verdadeiros regalos para a nossa vista.
Mas afinal porque enfeitamos a árvore de Natal?
Mais uma vez, estamos no reino do ritual pagão. Na Idade Média as pessoas acreditavam em espíritos das árvores, enfeitavam árvores todos os anos durante o Inverno. Quando no Outono as folhas caiam pensavam que os espíritos das árvores as tinham abandonado. Isto motivava receios de que não pudessem regressar a essas árvores na Primavera seguinte. Se tal acontecesse, as árvores ficavam nuas e não dariam mais frutos.
Para fazer com que os espíritos regressassem às árvores, penduravam-se nas mesmas decorações de pedras pintadas ou de panos coloridos. A idéia era a de tornar atraente as árvores para que os espíritos regressassem e as habitassem de novo. Para encanto de todos, isto funcionava maravilhosamente bem, e todos os anos, ma Primavera, as folhas despontavam novamente nas árvores.
Depois deste costume, as pessoas começaram a trazer uma árvore para dentro de casa no período do Natal. Quando o novo costume de trazer para dentro de casa pequenos abetos, teve início na Alemanha, era perfeitamente natural acrescentar-lhe enfeites. Estes passaram a ser variados: doces, rebuçados, correntes de pequenas bolas de vidro, ornamentos de papel, velas e muitos mais. De salientar o facão de que hoje as velas não são utilizadas por serem consideradas perigosas e foram substituídas por pequenas lâmpadas elétricas coloridas ou não.



Meias e Sapatos



A tradição de colocar os sapatinhos ou a de pendurar as meias junto à chaminé pensa-se que veio da cidade de Amsterdã. Aqui as crianças tinham esse costume. Deixavam os sapatos à porta, na véspera do dia de S. Nicolau (Ver Pai Natal), para que este se enchesse de presentes.
Diz a lenda que São Nicolau teve conhecimento de que três raparigas muito pobres não podiam casar-se porque não tinham dinheiro. Então, São Nicolau comovido durante a noite, para não ser visto, atirou moedas de ouro pela chaminé, as quais foram cair dentro das meias que nela estavam a secar, junto ao fogo.
Por esse motivo surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na chaminé, para que na manhã do dia de Natal neles fossem encontrados presentes



As estrelas


A estrela de Belém é de tradição cristã e tem o lugar importante nas representações de Natal. Normalmente coloca-se em cima da árvore de Natal, no Presépio, e nas portas. No entanto o aparecimento desta estrela quando Jesus nasceu permanece um mistério.



A verdura
As civilizações pagãs, durante o solstício de Inverno, tinham por hábito decorar as casas com verdura que, segundo elas tinham poderes mágicos.
O azevinho entre os Romanos era trocado como presente e, nos nossos dias, tornou-se a principal planta do Natal. Em Inglaterra por exemplo, era considerado sagrado.
Uma lenda diz que, Baco ao atravessar o país, ficou tão impressionado com a sua beleza que decidiu plantar ali azevinho, deixando-o como uma lembrança especial. Para além dos presentes, os romanos consideravam-no como símbolo de paz e felicidade, e os magos celtas usavam-no como antídoto contra venenos.
O azevinho liga-se à história cristã como planta que permitiu esconder Jesus dos soldados de Herodes. Em compensação, diz a lenda, foi-lhe dado o privilégio de conservar as suas folhas sempre verdes, mesmo durante o mais rigoroso Inverno.
No início a Igreja proibiu as verduras, mas mais tarde, acabou por consenti-las como símbolo de vida, portanto de Cristo.
Há regiões onde se usa pendurar à porta de casa ou por trás das janelas uma coroa de loureiro, o que significa que o nascimento de Jesus foi uma vitória sobre a morte e o pecado.



O presépio
O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma.
Rapidamente este costume foi alargado o outras igrejas.
Foi S. Francisco de Assis (1181-1226), porém, o primeiro a representá-lo como a Bíblia descreve a natividade. Uma gruta, a manjedoura, animais e figuras esculpidas.
Esta representação ganhou raízes e tornou-se popular em todo o mundo cristão.



Os sinos


Os antigos tinham as superstição de que o barulho de campainhas e sinos afastava os maus espíritos. Parte deste ritual manteve-se, no entanto o sentido com que os sinos tocam é diferente.
O seu toque no Natal simboliza alegria e júbilo pelo nascimento de Jesus Cristo e todos os cristãos louvam o Menino.



Os Postais


O criador do primeiro postal de Natal foi John Horsley. O seu amigo deu-lhe a idéia e e o seu postal foi impresso em 1843.
Foram feitas mil cópias. Nele podiam ver-se três painéis representando, um deles, uma família inglesa gozando o feriado e, os outros dois, mostrando obras de caridade. Podia ainda ler-se as frases "Alegre Natal e Feliz Ano Novo".
Nessa mesma altura, o Revendo Edward Bradley desenhou à mão juntamente com W. A. Dobson, postais de Natal para enviar a familiares e amigos.
Em breve este costume de desejar boas festas tornou-se usual.
Em 1840, tornou-se possível enviar pelo correio estes postais. A partir de 1860 começaram a executar-se postais cada vez mais elaborados e, em breve, esta arte tornou-se popular. As pessoas adquiriram-nos para desejarem festas felizes a familiares e amigos.
Hoje em dia encontram-se à venda uma grande diversidade de postais de Natal, a maior parte com motivos religiosos representando a Natividade.



Missa do Galo
A Missa do Galo, também conhecida por Missa da Meia Noite, celebra-se devido ao fato de a tradição dizer que Jesus nasceu à meia-noite. Para os católicos Romanos, este costume de assistir a esta Missa começou no ano 400.
Nos países latinos, esta missa é chamada Missa do Galo, porque, segundo a lenda, a única vez que um galo cantou à meia noite foi na noite em que Jesus nasceu.
Outra lenda muito antiga diz que, antes de baterem as doze badaladas da meia-noite do dia 24 de Dezembro, cada lavrador da província espanhola de Toledo matava um galo em memória daquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus, por altura da Sua morte. Depois a ave era levada para a igreja, a fim de ser oferecida aos pobres que, assim, podiam ver melhorado o seu almoço de Natal.
Em algumas aldeias portuguesas e espanholas, era costume levar o galo para a igreja, para que ele cantasse durante a missa. Quando este cantava todos ficavam felizes, pois isso representava o prenúncio de boas colheitas. Se o galo não cantasse era considerado um mau sinal. Mas este costume é muito recente, quando comparado com a Missa do Galo.



As velas


Nas suas festas chamadas de Saturnais, os romanos acendiam velas para pedirem que o Sol brilhasse de novo (solstício de Inverno). Nessa altura do ano, a escuridão e o frio eram maiores, pelo que as velas forneciam luz e algum calor. Mais uma vez o cristianismo absorveu esse costume e tornou-o sagrado à sua maneira, dizendo que, dado que Cristo era a Luz do Mundo, a chama da vela simboliza a sua influência.
As pessoas foram encorajadas a acender muitas velas para reforçar esse simbolismo. era costume corrente colocar uma ou várias numa janela, para guiar o espírito de Cristo, através da noite escura, para a casa de cada um. Outras eram fixadas à árvore de Natal, mas isto dava origem freqüentemente a acidentes. Quando mal colocada, podia pegar fogo e era costume destacar uma pessoa para ficar ao pé da árvore sempre que esta era iluminada. Este paciente guardião estava armado com uma grande vara, com uma esponja ou um bocado de pano úmido na ponta, pronto para deitar água a qualquer foco de incêndio.
As velas iluminada apareceram pela primeira vez em 1882 nos Estados Unidos (Companhia Eléctrica Edison)
Admitamos contudo que, apesar de serem muito mais seguras, falta-lhes de alguma forma a qualidade mágica das chamas cintilantes e nuas de ontem.
É comum acendermos velas nas igrejas e também nas nossas casas durante o Natal.



Coroa de natal



 É costume pendurar no lado de fora da porta uma coroa durante os doze dias do Natal. Este costume é mais popular nos Estados Unidos, mas espalhou-se para o resto do mundo cristão, devido à influência do cinema americano.
Atualmente, dizemos freqüentemente "à sua saúde" quando compartilhamos com amigos e familiares uma bebida.
Para os romanos, a oferta de um ramo de uma planta significava um voto semelhante. O uso de coroas remonta à Roma antiga e para as tornar mais atraentes, tornou-se costume enrolar esses ramos numa coroa.
Para aumentar as possibilidades de todos os da casa terem saúde no ano seguinte, os romanos exibiam essas coroas nas portas.
Atualmente, as pessoas têm tendência para comprar a coroa de Natal que penduram na porta da frente, mas, rigorosamente falando, se desejarmos seguir com toda a correção a tradição romana, só devíamos pendurar as coroas que nos tivessem sido dadas por outras pessoas.



Frutas secas


A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal é mais do que uma questão gastronômica.
Os frutos secos têm uma ligação muito forte e particular com o solstício do Inverno. Na antiga Roma, eram um presente habitual durante as celebrações eram especialmente apreciados pelas crianças, que os valorizavam quer como brinquedos quer como comida.
Os rapazes divertiam-se a jogar a berlinda com eles. Entre as classes sociais mais elevadas, os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro, e estes frutos secos dourados serviam quer como presentes quer como decorações.
Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida. Por isso, os frutos secos que colocamos à mesa no Natal são mais do que simples alimentos, é um antigo costume romano que promete a ausência de fome, pobreza e protege contra os excessos da bebida.



Véspera de Natal - Dia 24 de Dezembro
Para os crentes a véspera de Natal é a parte mais emocionante da época natalícia, porque anuncia o momento em que podemos começar a celebrar o nascimento de Jesus. É uma antiga tradição dizer que Jesus nasceu no dia 25,de Dezembro exatamente à meia-noite.
Quando os cristãos ouvem os sinos tocar à meia-noite, surge de novo o sentimento de que Cristo está a entrar no mundo e de que o demônio o está a abandonar. É um momento emocional muito importante para aqueles que têm uma fé pessoal forte.
Existe um mito de que, no exato momento do nascimento de Jesus todos os animais conseguiram de súbito falar e comportar-se como pessoas. Nos campos, viraram-se para Leste e ajoelharam-se a rezar.
Existe também a lenda de que à meia-noite da véspera de Natal todas as abelhas que estavam a hibernar acordariam nos seus cortiços e começariam a zumbir em uníssono o Salmo 100. Ao mesmo tempo as portas do Paraíso abrir-se-iam e, durante alguns instantes, deixariam passar fosse quem fosse (abençoados e pecadores) para entrar diretamente no Céu.
A influência de Jesus era tão forte que, quando os sinos tocassem à meia-noite os espíritos malignos seriam incapazes de fazer mal.



Papai Noel



Há muitos anos, o Inverno era motivo de preocupação para todos os povos, uma vez que trazia consigo tristeza e muitas privações. Como tal, as pessoas apelavam aos deuses para que o tornasse menos rigoroso.
Este apelo, entre os nórdicos era representado por alguém que eles vestiam com trajes simbolizando o Inverno. Esta tradição foi seguida pelos ingleses que chamavam a esta figura de "Velho Inverno" ou " Velho Pai Natal". Davam-lhe comida e bebida para que ficasse alegre. Esta figura andava de casa em casa, visitando as pessoas e participando nas festas, mas não distribuía presentes, nem nem ajudava os mais desprotegidos.
Mais tarde o Pai Natal foi associado à figura do bispo S. Nicolau, confundindo-se indevidamente com ele.



Natal de hoje

O Natal dos nossos dias (algumas dezenas de anos)também tem "costumes" e são muito marcados pelos meios de comunicação social. Têm uma grande componente comercial, e entre eles assumem particular importância a televisão, os presentes e a árvore de Natal.



Mídia
Os meios de comunicação social em especial a televisão começam com bastante antecedência a falar do Natal.
Em todo o lado surgem notícias fazendo referências ao Natal, como decorar, o que oferecer, o que comer, etc.
Nesta altura surgem anúncios de todo o tipo, com novidades em termos de brinquedos . Transmitem-se nesta altura filmes alusivos ao Natal, circos e espetáculos musicais. As orquestras sinfônicas , tocam maravilhosas melodias de Natal.
Existem programas para todos, e em Portugal é hábito à já alguns anos, a transmissão de um programa dedicado aos doentes, "Natal dos Hospitais", que vem alegrar um pouco mais aqueles que sofrem nesta altura do ano.
Podemos alugar vídeos bíblicos ou histórias para crianças sobre o Natal, para toda a família ver. Os mais conhecidos são "Um Conto de Natal", "Jesus de Nazaré", "Os Dez Mandamentos", e muitos mais.



Os presentes


Outros dos rituais que nos enche de alegria (e por vezes de stress :-)) é a compra dos presentes. Quem não gosta de oferecer um presente aos seus familiares e, especialmente às crianças?
O comércio enche-se de montras atrativas e irresistíveis, que nos dificultam em muitas casos a escolha.
Mas o importante é não nos esquecermos de oferecer algo aqueles de quem gostamos, não importa se é cara ou barata, importa é se é dada com amor.
O ato de trocar presentes entre aqueles que estão próximos uns dos outros é o mais antigo de todos os costumes do solstício do Inverno. As suas origens remotas podem ser seguidas até à Idade da Pedra Polida, há cerca de 10 mil anos, quando os seres humanos começaram a substituir a incerteza da vida caçadora, pelas garantias mais seguras da agricultura. O aparecimento da agricultura, traduziu-se pela primeira vez, num excedente de comida, o que tornou possível criar provisões de alimentos que ajudariam as pessoas durante os meses duros do Inverno.
Após terem passado os meses mais difíceis, a Primavera fazia os bons dias aparecerem e isso exigia uma grande celebração e uma maior descontração em relação às provisões acumuladas. Organizava-se uma festa.
Cada agricultor tinha as suas especialidades alimentares e preparava-se uma troca de alimentos. Desta maneira todos podiam gozar de uma rica variedade de pratos.
Esta troca de comida foi o costume original da troca de presentes no solstício do Inverno e transformou-se no núcleo central das festividades. Tudo o resto que se se desenvolveu mais tarde se centralizava em volta dela.
Ao longo dos séculos, a gama de presentes aumentou, passando a incluir outras coisas além da comida. Na Roma antiga, a cerimônia da entrega de presentes tornou-se altamente elaborada e atraiu muitas superstições.
Com a chegada da era cristã, o ritual extremamente popular da oferta de presentes esteve para ser abolido, no entanto, era um costume demasiado enraizado e não conseguiram os seus intentos. Então se os não podes vencer junta-te a eles, e foi isso que aconteceu, no seu novo contexto sagrado, da oferta de presentes de Natal, dizia-se agora que simbolizava a entrega de oferendas ao menino Jesus pelos Reis Magos, vindos do Oriente.
Os presentes dados às pessoas que se amam são símbolos de gratidão e reforçam os laços sociais.
Vive-se hoje em dia um consumismo desenfreado, que deturpa o espírito do Natal, e são os adultos quem mais contribui para isso. Estamos progressivamente a substituir o amor pelo dinheiro. Meditemos um pouco antes de gastarmos o subsídio de Natal.



A Árvore de Natal



No decurso de algumas décadas o pinheiro começou a ganhar espaço nas celebrações do Natal, usufruindo agora de um estatuto quase sagrado, embora não tenha nenhuma relação com a genuína cultura do mundo mediterrâneo, a que pertencemos, e onde nos integramos no plano da nossa civilização. Sendo cristãos (no meu caso de tradição católica), assimilamos esse costume pagão, inventado por S. Bonifácio, de encher o pinheiro de adornos, tais como bolas coloridas, estrelas douradas, fitas, etc., instalando-o num canto da sala perto da lareira (se existir).
A verdade é que penetrou afundo na rotina dos nossos hábitos mais recentes e não se observam indícios de que a moda seja passageira. Veio para ficar.
Hoje em dia, a maior parte das famílias compra uma árvore para decorar a sua casa. Esta poderá ser artificial "pinheiro nórdico" ou o natural e tradicional pinheiro português.
Atualmente encontram-se no mercado vários tipos de pinheiros, desde os naturais, (que causam transtornos ao equilíbrio ecológico, dado à destruição alarmante dessas árvores em pleno processo de crescimento), aos artificiais feitos de materiais sintéticos que se desmontam e se guardam até à próxima época natalícia.
O comércio dos pinheiros pode ver-se em grandes armazéns, mercados e à beira da estrada em tendas.
A própria procura da árvore, entusiasma adultos e crianças e o ritual dos enfeites faz parte dos festejos.
As decorações ficam dependentes da imaginação de cada um e nas famílias cristãs portuguesas é obrigatório o uso das bolas e fitas coloridas, e tendo no cimo uma estrela " A estrela de Belém".
Começa também a ressurgir em Portugal enfeitar a árvore de Natal com laços vermelhos e dourados, que é uma tradição da época vitoriana.
Mas nós cristãos não podemos deixar o presépio para segundo plano, porque ele, de fato, é o símbolo mais importante do Natal. E existem, como todos sabemos verdadeiras obras de arte.



As lareiras


Todas as pessoas que têm a sorte de ter uma lareira em suas casas podem ter motivos muito diversos e adequados à sua decoração, na quadra do Natal.
A lareira também está ligada ao Natal, basta pensarmos no sapatinho colocado na chaminé, ou nas meias penduradas nas mesmas ou até na lenda do Pai Natal descendo pela chaminé.
Se estiver uma noite fria e a lareira decorada com motivos natalícios (ao gosto de cada um), é fácil pensarmos no ambiente alegre e cheio de calor humano que poderemos proporcionar à família que estiver conosco na noite de consoada.



Décimo terceiro - subsídio de Natal
Em 1899, F. W. Woolworth, foi a primeira pessoa a dar um bônus de ordenado nesta altura do ano. Ele deu aos seus empregados 5 dólares por cada ano de serviço. Este homem acreditava que desta forma tornava os trabalhadores mais felizes, o que refletia no trabalho.
Mais tarde este gesto deu origem às gorjetas. Nesta altura do ano, começou por se dar gratificações às empregadas domésticas, aos empregados de restaurantes, cafés, etc. Hoje podemos ver em certas casas comerciais uma caixinha enfeitada, para as dádivas, e está escrito o seguinte, "Os empregados agradecem e desejam festas felizes".
As empresas também são obrigadas por lei a darem nesta altura do ano, um subsídio aos seus trabalhadores. A maior parte paga este subsídio em Novembro, para darem aos empregados a possibilidade de fazerem as suas compras e prepararem a celebração do Natal com a devida antecedência.



Livros e canções



Ao longo dos anos muitos autores têm escrito histórias e poemas sobre o Natal, que deliciam as crianças e porque não dizê-lo os adultos.
Charles Dickens, entre 1843 e 1868, escreveu praticamente durante todos estes anos, contos de Natal. Alguns dos seus êxitos foram "A Christmas Carol" e "O cântico de Natal".
Luisa Alcott, ficou celebre com o livro "Mulherzinhas", no qual os dois primeiros capítulos são dedicados ao Natal e ensinam-nos que, mesmo não havendo dinheiro, se existir fé, generosidade e amor ao próximo, isso já é causa para a celebração do Natal.
Hans Christian Anderson, Mark Twain, Shakespeare e muitos outros também escreveram sobre o Natal.
Sobre melodias...................é melhor ouvirmos algumas e.................. sonhar um pouco :)



Natal Branco



Porque associamos o Natal à brancura? A resposta é porque durante os primeiros oito anos da vida de Charles Dickens, o Natal foi sempre branco de neve.
Recordando a sua infância, Dickens tirou partido dela no seu famoso conto de Natal, publicado em Dezembro de 1843.
A história foi um grande sucesso, toda a gente que leu a história, ficou comovida e, de repente, sentiu-se mais sentimental acerca do tema do Natal. Um filósofo escocês que, por uma questão nacionalista, não respeita o dia de Natal, ao ler o livro, mandou buscar um peru e convidou dois amigos para jantar.
A imagem criada por Dickens conduziu ao mito de que um Natal verdadeiramente bom devia ser branco. Os cenários ligados à neve transformaram-se em ilustrações-padrão dos produtos de Natal.
Um século depois de Dickens ter escrito o seu livro, Hollywood apareceu com o filme de Natal, com Fred Astaire e Bing Crosby, chamado Holiday Inn, cujo tema musical I´m Dreaming of a White Christmas ganhou um Oscar. Ao surgir no auge da segunda guerra mundial, teve um enorme impacto sobre o mundo que ansiava pela paz e que era simbolizada pelo espírito do Natal. A canção foi um enorme sucesso e mais tarde com novos arranjos, veio a chamar-se White Christmas.
Em Portugal são poucas as regiões que podem ver o Natal branco, para a maior parte das pessoas continuará a ser um sonho.



A Gastronomia


Hoje em dia o Natal, é essencialmente uma festa reservada à comunhão da família, que se reúne à volta da mesa (ceia) posta a preceito e devidamente enfeitada, normalmente com azevinho.
Apesar da tendência acelerada cada país mantém ainda certos pratos tradicionais. Enquanto que na Alemanha o prato tradicional é a carpa cozinhada com cerveja, na Itália o ênfase gastronômico vai para a massa folhada com recheio de carne ou de peixe. Quanto aos franceses, incluem na ementa ganso, ao contrário dos espanhóis que não dispensam o peru e o leitão, manjares regados com vinho espumoso a que chama cava.
No que diz respeito aos portugueses, a ementa muda de província para província e altera-se consoante as regiões. No Norte e nas Beiras (particularmente na Beira Baixa) come-se o bacalhau cozido com couves e arroz de polvo. Entre os doces, distinguem-se as rabanadas e a aletria com desenhos de canela. Também não falta o sortido de frutos secos, castanhas, figos, amêndoas, nozes e passas - e o vinho do Porto que os brindes exigem.
Finalmente o peru recheado é também um prato que muitas famílias adotam na ceia como o principal prato do dia de Natal.






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